quarta-feira, 3 de junho de 2009

Na sociedade actual, o corpo mostra a sua omnipresença, pois está visível na publicidade, na moda e na cultura de massas. Como bem diz Jean Baudrillard no seu livro ‘A Sociedade de Consumo’, o corpo aparece como um “objecto de salvação” que vai substituindo a função moral e ideológica da alma.

Sujeito às mais variadas metamorfoses, de acordo com os desejos de cada indivíduo, sofre uma pressão contínua. Aumenta a ingestão de produtos dietéticos, a ida ao ginásio, as cirurgias estéticas ou marcas corporais. Procura-se incansavelmente alcançar a perfeição estética, a qual está associada à magreza, à linha e a uma dieta rigorosa. O corpo encontra-se na esfera pública, sujeito ao olhar do mundo. Basta assistir à proliferação de programas televisivos que visam a felicidade no mundo pós-moderno, ou seja, alcançar o corpo perfeito.

Como diz Giddens, vivemos num mundo repleto de opções plurais, mas ambíguas. Escolher entre ser magra ou gorda é escolher entre a integração ou a desintegração social. Isto significa que a beleza esconde-se sob a capa da perfeição, mas arrasta consigo uma repressão severa e constante. Todos ouvimos falar de vários casos de jovens que morreram no processo de criação de um corpo mais magro, conforme com as regras desta sociedade. Todas procuravam cumprir as devoções corporais, mas foram vítimas do culto…deste corpo que rompe com todas as insuficiências humanas.

O corpo torna-se um objecto ameaçador e, por isso é preciso vigiá-lo, reduzi-lo, mortificá-lo e imolá-lo para fins estéticos. Existem mesmo os movimentos ‘pró-ana’, ou seja, a favor da anorexia, os quais utilizam a Internet para chegarem a um número cada vez maior de crentes. Mostra-se apenas o lado positivo do culto, deixando na penumbra as consequências mais terríveis.

E a realidade é que o corpo feminino é o mais erotizado. A mulher emancipou-se e o corpo libertou-se e neste processo ela foi cada vez mais confundida com o seu próprio corpo. Basta olharmos para os anúncios publicitários para vermos que, em muitos casos, os corpos femininos totalmente nus apelam ao consumo de determinado produto. O corpo não está ali para ser vendido no sentido literal, mas para vender, de forma dissimulada, talvez um carro ou uma jóia. Basta lembrarmos o mediático programa de entretenimento da SIC Radical, ‘Nutícias’, em que a apresentadora se despia à medida que nos revelava a actualidade. A mulher, que por tradição cultural está na esfera privada, consegue aceder à esfera pública através do seu corpo, passando de sujeito a objecto de consumo.p>

Definição de Corpo

Corpo é o conjunto das várias partes que compõem um animal. Após a sua morte esse corpo é considerado um cadáver.

O corpo humano e o dos restantes mamíferos é geralmente dividido em cabeça, tronco e membros.

Nos insetos e outros artrópodes, o corpo é normalmente dividido em cabeça, tórax e abdómen.

Os termos equivalentes nas plantas são cormo para as plantas com órgãos diferenciados, ou talo para as restantes.

quarta-feira, 25 de março de 2009

um cruzar de pernas para o sucesso

É certamente um dos filmes mais famosos de sempre, Instinto Fatal é um thriller policial repleto de cenas eróticas. Um dos grandes pontos de destaque deste filme é sem duvida a sua história e o mistério que toda ela esta envolta acabando mesmo por nunca se saber qual o final deste. Contudo um dos pontos mais forte deste filme de 1992, são as cenas de sexo e erotismo entre os protagonistas, Catherine Tramell ( Sharon Stone) e o detective Nick Curran ( Michael Douglas). Este filme poderia ter sido feito sem que nenhuma cenas de sexo tivessem a intensidade que podemos ver no trailer, por outro lado, o filme mostra-nos um a sensualíssima Sharon Stone no auge da sua beleza feminina, em cenas tórridas de sexo. Este foi sem duvida um dos pontos de maior relevância que levaram a que este filme fosse tão bem recebido pelo publico. Se pergunta-mos a um grupo de pessoas se conhecem o filme Instinto Fatal, uma grande parte vai responder “esse é o filme onde a Sharon Stone está de saia e sem roupa interior, e faz o seu famoso cruzar de pernas”. Segundo a analise que fazemos do filme, a exposição do corpo humano, principalmente o feminino, tem um grande contributo na forma como se conquistam as audiências. O corpo sempre foi um dos grandes desejo do Homem, e por isso uma das grandes maneiras de conseguir atingir e conquistar o publico. Se bem que neste filme, o principal seria o desenrolar da historia e o consequente mistério, tal sucesso de bilheteiras só foi possível através de um uso muito bem elaborado das cenas de sexo e de exposição do corpo dos protagonistas, principalmente da actriz principal (Sharon Stone). Como já referimos, a exposição do corpo, sendo bem usada, é um dos grandes trunfos para a conquista de audiência.